Espinhas: Causas, Regiões Atingidas e Como Tratar Cada Tipo com Segurança

As espinhas são pequenas inflamações da pele causadas, principalmente, pela obstrução dos poros por oleosidade e células mortas da pele. Elas fazem parte de um quadro de acne comum e afetam pessoas de todas as idades, não apenas adolescentes. Saber identificar o tipo de espinha e o local onde ela aparece é essencial para um tratamento adequado e eficaz.

Neste artigo, você vai entender o que realmente causa espinhas, como prevenir o surgimento de espinhas no dia a dia, os tipos mais comuns e os cuidados ideais para cada região do corpo. Um conteúdo completo para manter a pele saudável e livre de inflamações.

Vídeo explicativo sobre as principais causas das espinhas e como tratar:

Por que surgem espinhas? Causas e fatores comuns

A espinha é resultado de um processo inflamatório que se inicia quando os poros da pele ficam obstruídos por sebo (óleo produzido pelas glândulas sebáceas) e células mortas. Isso cria um ambiente propício para a proliferação de bactérias, gerando uma inflamação local.

Entre os principais fatores que causam espinhas, estão:

• Alterações hormonais, especialmente na adolescência ou ciclo menstrual;
• Produção excessiva de sebo, que torna a pele mais oleosa;
• Uso de produtos inadequados ao tipo de pele, principalmente oleosos;
• Estresse, que aumenta a produção de hormônios inflamatórios;
• Dietas ricas em açúcar, alimentos ultraprocessados e leite.

A formação de espinhas também pode estar relacionada à predisposição genética e ao uso de certos medicamentos. Entender a causa da espinha é fundamental para definir o melhor tratamento da acne.

Espinha inflamada: como reduzir dor, inchaço e vermelhidão

A espinha inflamada costuma ser vermelha, dolorida e com inchaço ao redor. Quando a pele está inflamada, é sinal de que o corpo está reagindo ao acúmulo de sebo e bactérias no folículo obstruído.

Para reduzir a inflamação:

• Aplique uma compressa fria para aliviar o inchaço;
• Use produtos com ácido salicílico ou peróxido de benzoíla, que ajudam a secar a lesão e combater as bactérias;
• Evite espremer a espinha, pois isso pode piorar a inflamação e causar cicatriz.

Se a espinha persistir por muitos dias ou apresentar sinais de infecção, é importante consultar um dermatologista para evitar complicações.

Quando surge uma espinha inflamada, é comum sentir dor, notar inchaço e perceber vermelhidão ao redor. Esses sinais indicam que a pele está reagindo a uma obstrução e ao eventual acúmulo de bactérias.

👉Se a espinha estiver profunda, dolorosa e sem “cabeça”, pode se tratar de um um tipo mais sério e que exige cuidados específicos, conhecido como espinha interna.

Espinhas no rosto: testa, bochechas, queixo, olhos e lábios

As espinhas no rosto são as mais comuns e aparecem em diferentes áreas:

• Testa: excesso de oleosidade e contato com produtos de cabelo são causas frequentes;
• Bochechas: o atrito com o celular ou a fronha suja favorece o aparecimento de espinhas;
• Queixo: geralmente relacionadas a alterações hormonais e ao tipo de pele oleosa;
• Ao redor dos olhos: menos comum, pode ocorrer por uso de cosméticos inadequados;
• Lábios: resultado do uso de batons ou protetores labiais comedogênicos que obstruem os poros.

Em todos os casos, é essencial manter uma boa rotina de cuidados, lavar o rosto duas vezes ao dia com produtos específicos e evitar tocar no rosto.

Espinha na boca e dentro da boca: diferença entre espinha e afta

Nem toda lesão perto da boca é uma espinha. Quando ocorre dentro da boca, é provável que seja uma afta — uma ferida causada por trauma, estresse ou deficiência de vitaminas. Já a espinha na borda dos lábios geralmente surge por conta da obstrução dos poros com produtos oleosos.

Saber diferenciar ajuda a evitar tratamentos errados. A espinha fica inchada e dolorida ao toque, enquanto a afta causa dor ao comer ou falar. Em caso de dúvida, o ideal é procurar orientação de um dermatologista ou dentista.

Espinha no nariz e dentro do nariz: cuidados especiais

A região do nariz possui alta concentração de glândulas sebáceas, o que a torna propensa a espinhas. Dentro do nariz, o quadro é mais delicado por conta da mucosa sensível.

Evite ao máximo espremer espinha nessa área. Isso pode levar a infecções perigosas. Mantenha a área limpa e, caso a lesão esteja profunda ou muito dolorida, procurar um dermatologista é fundamental.

Espinha no ouvido e atrás da orelha: por que aparecem?

Essas regiões são quentes, abafadas e acumulam sujeira com facilidade. O uso prolongado de fones de ouvido, por exemplo, pode causar espinhas dentro ou ao redor do ouvido.

Atrás da orelha, o contato com produtos de cabelo oleosos ou a falta de higiene também contribuem. Para prevenir, lave o rosto com o sabonete certo, evite produtos pesados e limpe regularmente as áreas propensas.

👉 Além do tratamento externo, cuidar da pele exige atenção à alimentação e hábitos diários. Veja no nosso guia de beleza natural como cuidar da pele de dentro pra fora.

Espinhas na cabeça, couro cabeludo e pescoço

No couro cabeludo, as espinhas podem se desenvolver por acúmulo de sebo, uso de shampoos agressivos ou produtos oleosos. No pescoço, a causa geralmente é o atrito com roupas ou suor.

Utilize shampoos suaves, evite o acúmulo de resíduos e lave a região duas vezes ao dia se estiver muito oleosa. Para tratar uma espinha nessas áreas, também valem os produtos com ácido salicílico.

Espinhas nas costas, ombros e região dorsal

Conhecidas como “bacne”, as espinhas nas costas surgem com frequência em pessoas que transpiram muito ou usam roupas apertadas. O aumento da produção de sebo nessas regiões, somado ao atrito com o tecido, favorece a formação de cravos e espinhas.

Tomar banho após atividades físicas, usar roupas leves e evitar espinhas com sabonetes antiacne são medidas eficazes.

Espinhas na virilha e parte interna da coxa: o que fazer?

A pele da virilha está sujeita a atrito constante, suor e calor, ambiente ideal para o desenvolvimento de espinhas. Depilação agressiva também pode causar obstruções e inflamações.

Manter a área seca e limpa, evitar roupas sintéticas e optar por produtos calmantes no pós-depilatório são cuidados recomendados.

Espinhas hormonais: como identificar e tratar

As espinhas hormonais são profundas, inflamatórias e doloridas. Aparecem no queixo, mandíbula e pescoço, e tendem a surgir em ciclos regulares.

Além dos cuidados tópicos, o ideal é procurar um dermatologista para tratamento hormonal, caso necessário. A acne hormonal exige abordagem mais completa, com controle do estresse e da produção de hormônios.

Como prevenir o surgimento de espinhas no dia a dia

• Lave o rosto duas vezes ao dia com produtos adequados ao seu tipo de pele;
• Use protetor solar não comedogênico diariamente;
• Evite espremer as espinhas, pois isso pode causar cicatrizes e piorar o quadro;
• Mantenha uma rotina de cuidados com a pele, mesmo que ela seja oleosa;
• Prefira cosméticos e maquiagens oil-free e limpe bem antes de dormir;
• Alimente-se bem e evite alimentos ultraprocessados.

Com pequenas mudanças diárias, é possível prevenir o surgimento de espinhas e manter uma pele livre de espinhas.

Quando procurar um dermatologista?

Você deve consultar um dermatologista se:

• Tiver muitas espinhas persistentes ou doloridas;
• As espinhas deixarem marcas ou cicatrizes;
• Houver sinais de infecção;
• A acne pode estar afetando sua autoestima ou qualidade de vida.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o tratamento das espinhas deve ser individualizado, e só um profissional pode indicar o melhor caminho para cada tipo de pele.

Considerações finais

A espinha é um dos principais problemas dermatológicos e pode ter múltiplas causas. Embora pareçam simples, elas exigem atenção, principalmente quando se tornam inflamatórias.

Com uma boa rotina de cuidados, uso de produtos adequados e, quando necessário, tratamento tópico ou profissional, é possível controlar o desenvolvimento de espinhas e ter uma pele saudável.